Guia áudioPraça do Comércio

Praça pública à beira-rio com arco e estátua notáveis, repleta de cafés ao ar livre e espaços comerciais.

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Bem-vindo à Praça do Comércio, a majestosa praça ribeirinha de Lisboa. Aqui, a história secular e o espírito português são vivamente apresentados. No século dezasseis, este local abrigava o palácio real de Portugal, fervilhando com as chegadas do império pelo Rio Tejo. Tudo mudou dramaticamente no século dezoito, quando o terramoto de mil setecentos e cinquenta e cinco destruiu o palácio e grande parte de Lisboa. A cidade foi reconstruída mais forte sob a liderança do Marquês de Pombal e da sua equipa, incluindo os arquitetos Manuel da Maia, Eugénio dos Santos e Carlos Mardel. Eles criaram uma praça aberta, simétrica, emoldurada por arcadas — a maior da Europa. Este estilo pombalino foi concebido para beleza, segurança e planeamento urbano racional.

Repare na disposição da praça: três lados de arcadas abertos para o rio. Simboliza a identidade marítima de Lisboa. O nome Praça do Comércio homenageia os comerciantes que financiaram a reconstrução. No centro, está a estátua equestre em bronze do Rei D. José I, que o mostra sobre serpentes, simbolizando o triunfo sobre o caos. Criada por Joaquim Machado de Castro, esta estátua foi uma maravilha do seu tempo. O pedestal apresenta entalhes de Fama, Triunfo e um medalhão do Marquês de Pombal.

Não perca o Arco da Rua Augusta no extremo norte. É um portal cerimonial entre o centro da cidade e a beira-rio. No topo do arco encontram-se figuras alegóricas como Glória, Valor e Génio, juntamente com esculturas de grandes figuras portuguesas: Viriato, Vasco da Gama, o Marquês de Pombal e Nuno Álvares Pereira.

O Cais das Colunas, escadarias de mármore que levam ao Tejo, outrora acolheu realeza e líderes. A rainha Isabel II pisou aqui em mil novecentos e cinquenta e sete. A praça foi palco de momentos chave: a restauração da independência portuguesa, desfiles reais, o assassinato do rei D. Carlos I, o alvorecer da República Portuguesa e a Revolução dos Cravos. Hoje, acolhe festivais, concertos e celebrações.

Explore o café Martinho da Arcada, preferido pelo poeta Fernando Pessoa. Desfrute de um café nas arcadas com vistas para o rio. Para vislumbrar vistas panorâmicas, suba pelo elevador e pelas escadas até ao arco para ter uma visão abrangente de Lisboa.

A Praça do Comércio é mais do que uma atração obrigatória; é o coração da história de Lisboa. Desde a sua arquitetura até à vibração junto ao rio, reflete resiliência, mudança e conexão com o mundo. Experimente o espírito de Lisboa aqui mesmo.

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